quarta-feira, 22 de maio de 2013

2ª Prenda Juvenil do RS - Djuly Pereira Rutz

Boa tarde galera!
Hoje começo com o circuito de apresentação das novas Prendas Estaduais. No último final de semana, elas foram agraciadas com as tão concorridas faixas, e com o dever de por mais um ano, divulgar as nossas tradições por todo o Rio Grande.
Hoje conheceremos Djuly Pereira Rutz, que conquistou o título de 2ª Prenda Juvenil do Rio Grande do Sul.


"Saudações Tradicionalistas!
Sou Djuly Pereira Rutz, tenho 16 anos, curso o 2º ano do Ensino Médio Politécnico 
na Escola Técnica Estadual Canguçu. Tenho como entidade mãe o 
Centro de Tradições Gaúchas Raul Silveira. Sou natural e resido na Princesa dos 
Tapes, a querida Canguçu, berço de Joaquim Teixeira Nunes.
Posso dizer por experiência própria que quando possuímos um sonho devemos 
lutar por ele e entrega-lo nas mãos de Deus, porque só ele sabe o que é o 
melhor para nós. Primeiramente quero agradecer a Deus, porque sem ele não teria
 alcançado o tão almejado título de Prenda Estadual.
Possuir uma faixa é o sonho de todas as prendas...
 Mas minha vivência tradicionalista não começou nos Concursos de Prendas.
Aos seis anos de idade, quando cursava a Educação Infantil vivenciei o meu primeiro 
contado com a Cultura do Rio Grande do Sul. Foi naquele ano que ganhei meu primeiro 
vestido de Prenda, porque iria participar da modalidade de Canto Coletivo na 
Ciranda Estudantil Nativista (CIENA), que é um evento onde participam 
quase todas as escolas do meu município. Naquele ano de 2003 
eu ganhei o meu primeiro título no meio tradicionalista.

Primeiro vestido de Prenda

Os anos foram passando, e a minha vontade era de entrar para a Invernada Artística 
de um CTG, mas meus pais não possuíam tempo para me acompanhar nas viagens, 
então não permitiram que eu ingressasse em uma Invernada. 
No ano de 2008, com a aceitação de meus pais, entrei para a Invernada Artística 
do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida, o qual eu estudava.
Alguns anos mais tarde minha mãe descobriu que tinha leucemia, 
foi um período muito complicado na vida da minha família, mas que graças a Deus 
nós conseguimos superar, e hoje ela está ao meu lado me ajudando nos
 momentos mais difíceis e nos mais felizes. Foi neste momento que fui convidada 
pela minha querida antecessora na Entidade e na Região, minha amiga há alguns anos, 
a Marília Fonseca, para integrar a Invernada Juvenil do CTG Raul Silveira, 
pois até então não havia esta categoria na entidade. 
Foi neste momento que iniciei minha jornada dentro do Movimento Organizado.
No ano seguinte resolvi concorrer no Concurso Interno do CTG Raul Silveira, 
ainda com o apoio da Marília e da sua irmã, a Milane Fonseca. 
Foi muito complicado, eu não possuía noção de como era concorrer em um 
concurso de Prendas, mas desde o começo com a ajuda de Deus eu consegui, 
e me tornei a 1ª Prenda Juvenil do CTG Raul Silveira gestão 2011/2012
No ano seguinte com muito sacrifício e dedicação consegui o título de 
1ª Prenda Juvenil da 21ª Região Tradicionalista. Ao receber a faixa de 
Prenda Regional eu sabia que meu compromisso estava aumentando, 
e que daquele dia em diante eu teria que abdicar das redes sociais, 
das festas, das jantas com as amigas, enfim, se eu quisesse pelo menos lutar 
para ostentar o título que hoje me pertence, eu teria que me esforçar por ele. 


Passei muitas madrugadas estudando, outras vezes cheguei a dormir 
em cima dos livros, cheguei a levar polígrafos para ler no intervalo das aulas, 
ou após o término das atividades. 
Muitos me chamavam de louca, porque era um absurdo o que eu estava fazendo,
 mas eu não me importava, pois tudo que eu fiz foi por amor ao tradicionalismo.
Muitas vezes cheguei a dizer para a minha mãe que era impossível, que eu não iria 
conseguir ser uma Prenda Estadual, porque era a minha primeira vez e 
eu não possuía experiência. Eu sentia que não conseguiria ler toda a bibliografia 
e que não armazenaria todo o conteúdo. Perdi as contas de quantas vezes eu 
chorei porque achei que não era capaz, mas minha mãe sempre me consolou 
dizendo que eu não tinha obrigação de ganhar uma faixa, porque eu já estava 
cumprindo o meu papel de Prenda e principalmente de Tradicionalista, 
porque eu estava me esforçando o máximo para a realização de todos os meus objetivos.


Participar da 43ª Ciranda Cultural de Prendas foi a realização de uma 
das etapas de meu sonho, que terminou de concretizar-se na noite do último sábado, 
dia 18 de Maio de 2013. Este sonho concretizou-se porque eu possuía pessoas que 
acreditavam em mim, que sabiam que eu era capaz, além da minha família e 
de toda a 21ª Região Tradicionalista. Posso destacar ainda, o nome da minha queria 
Diretora Cultural, a Juliana Garcia Rodrigues, que se tornou uma grande amiga.
Sinceramente, eu não tenho palavras para descrever a felicidade 
que estou sentindo neste momento, é um sentimento surpreendente ser uma das 
nove representantes das Prendas dos quatro cantos deste Rio Grande. 
Tenho a dizer às minhas queridas amigas prendas que participaram da 
43ª Ciranda Cultural de Prendas – Fase Estadual, que todas nós fomos maravilhosas, 
e que não importa a colocação, mas sim a garra que nós tivemos. 
Tenho certeza que independente dos resultados, todas continuaremos
 a preservar a nossa magnífica Cultura Rio-Grandense.
Iniciar uma nova gestão é sempre muito bom, mas há um certo medo, 
porque são pessoas desconhecidas, pessoas estas que com o passar da gestão 
se tornarão especiais e marcantes em nossas vidas. Tenho certeza que a 
Gestão 2013/2014 de Prendas, Peões e Guris Estaduais será maravilhosa
 e que deixará marcas na história do nosso Movimento.
Por fim quero dizer a todas as Prendas deste querido Rio Grande 
que nunca desistam de seus sonhos, porque enquanto houver sonho, 
existirão possibilidades!

Um grande beijo,
Djuly Pereira Rutz
2ª Prenda Juvenil do Rio Grande do Sul 2013/2014."

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