terça-feira, 26 de julho de 2016

Estuda, tchê: Tropeirismo, Sesmarias e Charqueadas

TROPEIRISMO

Tropeirismo era o transporte de gado através do Brasil. 
Assim que os portugueses descobriram a Vacaria do Mar, passaram a utilizar o gado de diversas maneiras. O gado selvagem começou a ser domado para a venda aos mineiros que, com a descoberta de ouro em Minas Gerais, precisavam de grande número de animais para transporte de ouro e alimentação de pessoas. O ‘Tropeiro Símbolo do Rio Grande do Sul’ é Cristóvão Pereira de Abreu, o principal tropeiro da época, que convenceu o Sargento-Mor Francisco de Souza Faria a construir uma estrada através da serra, seguindo a rota Vacaria – Lages – Curitiba – São Paulo. 

Tropeiro: De início, significava apenas o dono da tropa. 
Mais tarde, passou a ser a designação de todos que trabalhavam com tropas de vacuns, cavalares ou muares. Em 1730, as primeiras estâncias (fazendas para criação de animais) surgiram, localizadas principalmente nos campos de Viamão, onde Portugal distribuiu as sesmarias.

SESMARIAS

Sesmarias eram terras de 1x3 léguas, doadas geralmente a oficiais do exército que aceitavam vir para o sul, sendo homens com capital para adquirir gado e escravos e defender o território. A primeira sesmaria foi erguida em Tramandaí, em 1732, por Manoel Gonçalves Ribeiro, nos chamados “Campos de Viamão”. 
Após a criação do Forte Jesus Maria José, foram doadas sesmarias ao longo do rio Jacuí, Laguna dos Patos e Litoral. Em 1777, estendiam-se por toda a extensão da Laguna dos Patos.

CHARQUEADAS

Geralmente o gado era transportado ainda vivo, mas as dificuldades do transporte aumentavam o preço dos animais, gerando prejuízos. Para isso foi desenvolvido o charque, que, em sua maior parte, era destinado a alimentação dos escravos em outras regiões do país, pois era barato e de fácil conservação. 
A maior parte do charque gaúcho era produzido ao longo da região da Laguna dos Patos e da Lagoa Mirim, destacando-se Pelotas, onde foi fundada a primeira charqueada, em 1780, pelo português José Pinto Martins. 
A produção escoava pelo porto de Rio Grande.

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