sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O Movimento que quero para os meus filhos


Incentivo.
Talvez esta seja a palavra chave de um sonho que carrego, e muito, a tantos anos.

Nosso Movimento Tradicionalista Gaúcho completa este mês seus 50 anos como entidade cívica, cultural e associativa, e agrega mais de 1700 entidades de todo o Estado. Como todos estamos cansados de saber, é uma entidade sem fins lucrativos... E muito pelo contrário: Se torna um hobby caro, muito caro =/

Quem nunca suou pra pagar mensalidade, pilcha nova, musical, ônibus pra rodeios, alojamento? Sem contar os departamentos culturais, que precisam participar de dezenas de eventos, comprar livros, se preparar com aulas particulares para as cirandas e entreveros, e o departamento campeiro, do qual não tenho muita propriedade pra falar, mas também sei que gasta, e muito, do próprio bolso.

O Tradicionalismo, infelizmente, virou um comércio onde muito se visa lucro, e pouco se discute incentivos, apoio... seja ele Municipal, Estadual, e porque não, Federal?
Felizes os que conseguem verba de Leis de Incentivo à Cultura, como a Lei Rouanet, que funciona basicamente com uma política de Incentivo Fiscal, onde o mecanismo possibilita que pessoas físicas e/ou jurídicas apliquem parte do Importo de Renda devido em ações culturais.

Eu sei e concordo que muitos instrutores, ensaiadores, grupos musicais e costureiras, por exemplo (pensando na parte artística/cultural), se profissionalizaram e também gastaram para estarem "aptos" a exercer estas funções, e assim, merecem ter um salário/pagamento pra prestar seus serviços, mas também é complicado ver e aceitar o rumo que as coisas tomam em certo momento.

O Tradicionalismo virou uma fábrica de lucro pra uns, e gastos exorbitantes pra outros.

Eu sonho com o dia em que os milhares de dançarinos vão poder focar na sua dança, ali, na pista.. se preocupar com a sua interpretação, com a relação entre os colegas de grupo, com o apoio à patronagem... sem o desespero de vender rifa, centenas de cartões pra bailes, pedir (diga-se, implorar) patrocínio de porta em porta no comércio, pra não entrar no vermelho. E o pior de tudo, é que isso é um vício, e como todo vício, muitas vezes não tem limites.

O amor pela tradição também não tem limites... e sendo assim, vamos levando, seguindo, lutando, e acreditando. Vamos acreditar que nossos filhos viverão no Movimento uma outra realidade, uma realidade menos cruel e mais humana, de condições para se elevar e preservar esta nossa tradição, que tanto amamos.

Eu sonho... e tu, sonhas?
Então vem comigo, compartilha esta ideia e vamos juntos lutar por mais visão, e mais apoio!
#EuAcredito
#Curte #Compartilha #AvalieAquiEmbaixo ;)

Um beijo no coração de todos... e até semana que vem, queridos!

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