terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Palavra de Prenda: Ana Júlia Griguol

Bom dia, leitores!!!

Posso confessar que estou muito feliz com a participação de tantas prendas e peões aqui no blog? Posso né?
Gente, isso é muito bacana, sério! Fico imensamente realizada em saber que as portas abertas do Cantinho estão gerando resultado, estão fazendo tantos jovens divulgarem suas histórias, suas angústias, dúvidas, certezas... servindo assim de exemplo pra muitos!

Que continuemos assim! Sempre avante, sempre cultuando o bem, e projetando um tradicionalismo ainda melhor ♥

E continuando por aqui, hoje vamos conhecer a linda prenda Ana Júlia Griguol *-*


"Confesso que por diversas vezes me peguei pensando sobre escrever ou não minha biografia, afinal, ao contrário de muitos, minha trajetória tradicionalista não foi herança de berço, muito menos pedidos de meus pais para que ingressasse ao Movimento.

Ainda criança, tive que aprender a ser forte e dizer adeus ao meu pai; um homem trabalhador, de fibra, que honrava seus princípios e ideais. Em 2005, passei a morar em Cotiporã e aprendi, como minha família, a amar esse pequeno município em que vivo até hoje. 

Aqui, conheci meus amigos, me apaixonei pela simplicidade e fiquei encantada com a sinceridade cultivada dentro do singelo galpão do CTG Pousada dos Carreteiros. Uni a paixão pela dança com a curiosidade, afinal eu não sabia o que era CTG, mas sabia que gostava de dançar e que talvez, esta podia ser uma grande oportunidade de me divertir.
 
Naquele momento, se alguém me perguntasse qual era a magnitude do movimento pelo qual eu estava completamente comprometida, eu jamais saberia responder. Apenas diria que lá dentro estavam os meus amigos e a dança. Entre ensaios, rodeios e grandes amizades, a curiosidade, mais uma vez, falou mais alto. 

Foram faixas como prenda da entidade e alguns concursos regionais, os quais me fizeram entender a importância da dedicação, comprometimento e união. Eu sonhava, e nos momentos em que mais esperava a realização de cada sonho, me decepcionava. Não com os outros, mas comigo mesma, porque sabia que podia ter feito melhor. Desisti.

Por alguns anos, minha maior realização era auxiliar e poder ver o sorriso das crianças e jovens que representavam a minha entidade, em suas cirandas e entreveros. Sorri, chorei e sonhei com cada amigo que ajudei em minha entidade. Mas como o meu pai, eu aprendi que devemos seguir nossos princípios e fortemente, lutar pelo que acreditamos. 

Por questionar tantas vezes o rumo que o Movimento vinha tomando entre as prendas e peões que eu conhecia, é que no ano de 2016 decidi, mais uma vez, sonhar. Hoje, como 1ª Prenda da 11ª Região Tradicionalista, tenho a certeza que o nosso trabalho vai muito além de carregar uma faixa. De uma forma simples, mas verdadeira, ele alcança cada criança, jovem e adulto que como eu, ingressa em uma entidade tradicionalista a procura de um distração, e no final, se depara com um mundo repleto de oportunidades e conquistas.

No final, decidi escrever a minha biografia, porque percebi que hoje todos precisamos de coragem e de motivação para darmos o primeiro passo. Seja através da dificuldade ou da curiosidade. Se for sincero e de coração, não existe certo ou errado. Merecemos e podemos crescer em qualquer movimento. Que cada um de nós possa plantar a sua semente e cultivá-la da sua maneira. No momento certo, ela florescerá.
Ana Júlia Griguol
1ª Prenda 11ª Região Tradicionalista
Cotiporã 
(54) 996218821"

Galeria de fotos:




Ana, me emocionei lendo teu texto!
Quanto sentimento, quanta verdade em cada uma das tuas palavras...
É realmente indiscutível o quanto ler cada uma dessas histórias me faz bem!
Obrigada por compartilhar conosco esta trajetória tão linda, e de valor.

Um beijo, com carinho.

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