segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Cantinho Gaúcho entrevista: Cristine Flores

Bom diaaa amores!!!

Voltamos hoje com mais uma entrevista super especial!!! Hoje é Cristine Flores, dançarina e instrutora que coleciona títulos e uma experiência vasta nos mais diversos festivais de dança, inclusive internacional, que nos conta um pouquinho da sua história e conquistas.

Dançarina da Invernada Veterana do GAN Ivi Maraé - 2016

Vamos conferir?

1. Olá Cristine! É um orgulho imenso poder contar com a tua participação aqui no Blog. Queremos saber um pouco mais sobre a tua história... quando e onde você se tornou uma Tradicionalista ativa?
Bem, minha vida junto ao tradicionalismo iniciou em 1994, quando pelo convite de uma grande amiga fui conhecer o “ensaio” do grupo de danças dela. Desde cedo tive intimidade com a dança, primeiro o ballet, depois jazz, e então, ao ser apresentada para o mundo "ctgegístico", troquei as sapatilhas de ponta pela sapatilha de prenda... e esse primeiro contato foi no CTG Paulo Serrano, aqui em São Leopoldo.

Turnê pela China com o CTG Aldeia dos Anjos - 2009

Turnê pela China com o CTG Aldeia dos Anjos - 2009

2. Durante estes longos anos com um super envolvimento no Movimento, houve algum momento de destaque na tua trajetória? Algo que queiras compartilhar com a gente, em especial?
Ao longo de todos esses anos estive sempre em contato direto com a dança... foi “ela “ quem me fez escolher minha profissão, é pra “ela” a quem devo minhas melhores amizades, foi “ela” que me trouxe meu grande amor, e junto “dela” conheci o mundo...
Alguns momentos especiais marcaram ainda mais minha trajetória, dentre elas, em 2007 a conquista do quinto lugar do Estado, representando o GAN Ivi Maraé, em 2009 minha primeira viagem internacional, uma turnê de shows de 40 dias pela China, representando o CTG Aldeia dos Anjos, entidade onde realizei um dos maiores sonhos de dançarina, que foi ser campeã do ENART nesse mesmo ano, além de viver momentos inesquecíveis nessa entidade que sempre admirei, respeitei e almejei fazer parte, e que foi a maior e melhor escola que eu podia ter...
Em 2013 conquistei meu primeiro título Estadual como instrutora, com o grupo Juvenil do CTG M'Bororé, entidade que me acolheu, me respeitou, incentivou, e me fez viver quatro anos consecutivos, a maior das conquistas, nosso Tetra Campeonato no JUVENART!!! Inesquecível!!!
E não poderia deixar de lembrar o reencontro dos meus grandes amigos, agora alunos e colegas de palco, dez anos depois de um lindo trabalho na fase adulta, remontamos nosso grupo, agora , em outra categoria, mas com o mesmo amor, mesmo brilho no olho. Nasceu em 2016, a nossa Veterana do GAN Ivi Maraé, a qual eu instruo, e me realizo dançando!

Conquista do 5º lugar no ENART 2007, como dançarina e ensaiadora 
do GAN Ivi Maraé

Primeiro título Estadual como dançarina do CTG Aldeia dos Anjos
ENART 2009

3. Todos sabemos que a tua experiência é muito vasta e inigualável, principalmente em número de participações em festivais Estaduais, tanto como dançarina quanto instrutora. Como tu vês este crescimento das mulheres a frente dos grupos e também entidades? Ainda sente que apesar de todo o empoderamento praticado nos últimos anos, existe diferença e desvalorização no trabalho feminino?
Olha, eu sempre fui muito respeitada, valorizada, e bem-quista tanto nas entidades que trabalho, quanto pelas pessoas que apenas conhecem meu trabalho.
Hoje sabemos que nos grupos onde se consegue agregar uma instrutora mulher no seu trabalho, o resultado é outro. Em nosso meio existem grandes líderes homens, ótimos instrutores, mas, os resultados mais significantes e diferenciados, são divididos com uma mulher... seja ela a esposa, uma das dançarinas do grupo ou uma pessoa de fora. É notório o toque feminino na lapidação do grupo, principalmente para as dançarinas. Cada vez mais é evidente e fundamental a “parceria” de uma instrutora junto à instrução masculina nos grupos... isso se deve pois nenhum homem demostra com naturalidade os trejeitos da dança feminina, assim como uma instrutora mulher, jamais fará um sapateio com a mesma destreza de um instrutor homem. Sábios são aqueles que conseguem ver suas limitações e buscam ajuda no sexo oposto... são assim nossos maiores exemplos dos grupos campeões!

Primeiro título como Instrutora da Invernada Juvenil do CTG M'Bororé
JUVENART 2013

Bi Campeã como Instrutora da Invernada Juvenil do CTG M'Bororé
JUVENART 2014

4. O teu trabalho, com certeza unido a muita dedicação dos dançarinos e apoio das entidades que trabalha, vem rendendo inúmeras conquistas. Qual o teu maior objetivo enquanto tradicionalista, e qual o segredo do sucesso?
A dedicação dos dançarinos e o apoio das entidades que trabalho, é a única maneira de ver meu trabalho dar resultado. Isso aliado a muito trabalho, ensaio e  renúncias, acho que podemos dizer que é o segredo do sucesso.
Já realizei todos meus sonhos como dançarina e como instrutora... e toda vez que um aluno meu sentir orgulho de levar adiante nossas danças, ter amor e ser feliz dançando, só me faz ver que valeu a pena. Nesse mundo de maldades e maus exemplos saber que teu filho(a) está num ambiente familiar, saudável e onde os pais podem acompanhar as atividades, a vida tradicionalista para nossos jovens sem dúvida é a melhor escolha. É pra isso e por isso que me dedico dentro e fora do palco para que cada vez mais nossos jovens tenham tanto amor quanto eu tenho pela nossa dança!

Tri Campeã como Instrutora da Invernada Juvenil do CTG M'Bororé
JUVENART 2015

Tetra Campeã como Instrutora da Invernada Juvenil do CTG M'Bororé
JUVENART 2016

Comemorando o Tetra Campeonato no JUVENART 2016

5. O Movimento Tradicionalista Gaúcho acabou de completar 50 anos de história... Então pergunto: tu acreditas que o futuro do Tradicionalismo está em boas mãos? Como tu vês a participação dos jovens no Movimento?
Se dependermos dos nossos jovens tradicionalistas, cheios de energia, ideias, e muito talento, nosso futuro junto ao Movimento está garantindo.
Um grande exemplo disso é a nossa Primeira Prenda Mirim do Estado, Cecília Scholz, essa menina que traz uma bela herança tradicionalista de família, a qual eu tenho o privilégio de conviver.
Quem, assim como eu, já conversou com ela, sabe do que estou falando... personalidade forte, uma criança que sabe os bons valores, sabe onde quer chegar, de uma inteligência invejável, impossível não contribuir com o futuro do nosso tradicionalismo. Se depender de jovens como ela, podemos ficar felizes pois o que já é bom, só tende a melhorar!

Com o marido Rafael Martins

6. Finalizando, só tenho a agradecer pela disponibilidade em estar participando deste ciclo de entrevistas aqui no blog. É muito importante podermos contar com histórias de pessoas que fizeram e ainda fazem uma bela história em nosso Movimento. Obrigada!
Eu que me sinto lisonjeada em fazer parte desse projeto, e poder contar pouquinho da minha história tradicionalista é gratificante!
Obrigada pelo carinho e vida longa para o nosso Movimento!!!

E aí, gostaram? Eu amei!!!
Deixa o teu recadinho aqui nos comentários pra Tine... ela vai adorar!

Beijos, e ótima semana a todos!!!

Um comentário:

  1. Sempre diva! Tenho muito orgulho desta pessoa incrível fazer parte da minha história e do meu círculo de amigos!!!!Parabéns ao blog pela linda entrevista!

    ResponderExcluir